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terça-feira, 19 de abril de 2011

A Jornada da minha Tigrinha em busca da "bem aventurança"!

A bem-aventurança é o conceito central no pensamento de Joseph Campbell (Mitólogo e professor de Religião Comparada), segundo ele, a bem-aventurança está naquilo que nos enche de satisfação e entusiasmo e dá aquele sentimento de estar realmente vivo. A busca pela bem-aventurança não é o mesmo que ir atrás de felicidade, mas sim aquilo que conseguimos alcançar depois da Jornada do Heroi/heroína. E essa jornada tem sofrimento, armadilhas e monstros terríveis. Mas é só assim que o herói/ heroína completa sua transformação para encontrar a dádiva final. Ulisses, o herói da Odisséia, não sai em uma jornada de aventuras porque é a opção que lhe parece a mais feliz. Pelo contrário, ele só parte porque não consegue evitar - ele até finge estar louco para ver se escapa. No final não consegue evitar o chamado, deixa a vida feliz e a amada Penélope para sair em uma longa viagem. Só depois de enfrentar ciclopes, sereias e outros tantos perigos e tentações volta vitorioso para os braços da fiel Penélope. 

Hoje (ao deixá-la, aos prantos na escolinha, me agarrando como um agarradinho e pedindo pra não ir embora)  percebi que a minha Clara já saiu para sua jornada... o sofrimento faz parte do aprendizado, a perda do aconchego da mãe e do pai, mesmo que temporário ensina que o mundo não é aconchegante o tempo inteiro, que a vida é dura e muitas vezes àspera. Ela ainda terá muito o que percorrer... Mas o melhor disso tudo é que tanto Ulisses quanto Clara têm um lugar seguro para retornar, Ulisses tinha Penélope e a Clara tem seus pais que estarão sempre aqui para o que der e vier!!! 

E aí a minha cabeça de historiadora, oralista, de esquerda (aquela antiga), me fez pensar naqueles heroizinhos e heroinazinhas que fazem essa jornada sem ter para onde voltar, sem ter ninguém os esperando... eles partem sozinhos, percorrem sozinhos e não voltam!!!

De alguma maneira eu e Marcelo estamos dando armas, astúcia, auto-confiança e segurança para que a Clara busque sua bem-aventurança e que sofra somente o necessário para alcançá-la em plenitude!


"Siga a sua bem-aventurança, lá onde há um profundo sentido do seu ser, lá onde seu corpo e sua alma querem ir." Campbell








4 comentários:

Larissa Ramos Urso disse...

Fabíola que lindo esse texto sobre a " bem aventurança".
É exatamente tudo isso que você escreveu.
Eusei bem o que está passando e te digo com toda convicção:
Passa!
beijocas

Márcia Mura disse...

Olá Fabiola como oralista que é só poderia tornar essa experiência dolorosa em algo para pensar. Eu vivencie isso com meu filho mais novo, eu tive que deixá-lo na escolinha com dois anos e ele não queria ficar de jeito nenhum, ele ficava gritando desesperadamente na escola e eu saia com o meu coração partido chorando, aos poucos ele parou de demonstrar o desespero dele, mas continuou com o seu desconsolo, hoje depois de uma longa jornada aos 14 anos o vejo mais seguro e no caso dele, ainda teve que lidar com a minha partida e retornos. Já meu filho mais velho, por estar com dois anos a mais não vivenciou o prmeiro momento escolar de forma sofrida, o trauma foi sendo construído aos poucos pela experiência escolar, o que acontece com todos nós, para uns menos para outro mais dependendo das condições e dolugar social.
Um beijos

Pips Marshall disse...

Larissa, obrigada por suas palavras! Eu sei que vai passar sim, ainda mais com o apoio de vcs!
beijos

Pips Marshall disse...

Márcia, tudo bem? É isso mesmo... em algum momento temos nós e eles que passar por isso, por essa experiência, né?
Que bom ver c por aqui! Saudades
Beijos
Fa