Projeto "Educando com Limites"

Hoje recebemos o seguinte e-mail, que reproduzirei em parte, só o essencial para eu poder conversar um pouco por aqui...
"Caros pais,

Em maio e junho estaremos trabalhando com o projeto "Educando com Limites". Iremos dar ênfase ao uso das expressões de gentileza como por favor, obrigado, com licença, desculpe, bom dia, boa tarde, como vai?, etc. Conversaremos também com as crianças sobre a importância de cuidar bem de nossos amigos e teachers, aceitá-los como são, respeitá-los, promovendo assim a boa convivência entre todos. 

Haverá atividades em sala de aula como dramatizações, histórias e desenhos. A personagem Balacubaca visitará as turmas pedindo ajuda aos tigres sobre como se comportar..."

Quando terminei de ler o e-mail e os textos sugeridos (óbvio), me senti totalmente comtemplada e acompanhada nas minhas preocupações e lutas para dar a melhor educaçào possível para a Clara.

 E eis que uma das palavras que eu mais gosto apareceu no e-mail norteando o projeto de educar com limites: GENTILEZA, expressões de gentileza! Isso não é perfeito?

Outra parte que eu adorei foi: a importancia de cuidar bem do outro e aceitá-los e respetá-los como são!!! Que bommmm!!!!

Em épocas de Bolsonaros da vida, de pessoas crueis que maltratam animais e que os piores criminosos que nem mesmo os agentes da BAU do seriado "Criminal Mindes" poderiam supor, rondam as nossas vidas, têm espaços na mídia e nas redes sociais,ouvir essas palavras foi mesmo um grande alento para mim. E logo hoje que fui para São Paulo de fretado e precisei pegar metrô... como boa oralista e com a minha fertilíssima imaginação, me peguei chorando a medida que perecebia a miséria do outro,o sofrimento estampado nos olhos, o horror das crianças e dos velhinhos desamparados e a escancarada falta de gentileza e cordialidade das pessoas no tranto umas com as outras. Fiquei tão pra baixo, tão sentida com a vida.

Existe um conceito e uma ética na metodologia de pesquisa com a qual trabalho que nos ensina vivenciar/sofrer, irremediavelmente, a comunidade de destino a qual estudamos, isso gera engajamento e comprometimento com os colaboradores da pesquisa (eu trabalho com histórias orais de vida), muitas vezes o projeto desagua numa bela ação política. Hoje andei pela cidade sem projeto, mas com essa postura no coração e vivenciei e sofri irremediavelmente as dores das pessoas com as quais chorei!

Então voltei para casa e me deparei com  Marcelo e Clarinha e recebi esse e-mail que acompanha meus anseios... Isso me deixou animada e agora posso até dizer que me sinto bem!!!

Convoco a todos para exercitar a cordialidade,a gentileza e delicadeza!!